Reúne poemas escritos pelo autor entre 2001 e 2005.
“E o qualificativo tentacular não é despiciendo, porque há qualquer coisa de ameaçador e de dificilmente cernível na obra de Graça Moura – ameaça que atinge o leitor e autor, num nó “cego” em que um e outro se enredam, obrigando-os a um eterno “regresso” à leitura e à criação, como se o mundo, a realidade estivessem aí. E não estará aí a sua inteligibilidade?
Há da parte do nosso autor uma tendência omnívora relativamente à cultura ocidental e muito especialmente à cultura clássica […] e que o leva, num gesto bem pós-moderno, a fazer seus, numa atitude mais ou menos paródica, mais ou menos lúdica ou mais ou menos reverenciadora, um sem-número de textos dos outros, uns mais, outros menos canónicos.”
Isabel Pires de Lima, 1998