As duas melhores sequências poéticas de Rilke, figura transicional entre os poetas tradicionais e os poetas modernistas. A sua poesia, que procura a comunhão com o inefável, numa era de descrença, solidão e ansiedade, influenciou autores e intelectuais por todo o mundo.
“Excelente formulação para designar aquilo que também entendo dever/poder ser a tradução do poema: uma orquestração de soluções próprias e uma rede funcional de traições, para que o resultado seja, como se costuma dizer e como convém nestes casos, um poema em português. Vasco Graça Moura consegue-o como talvez ninguém o conseguiria hoje em Portugal. Um conjunto notável que veste estes dois ciclos [tardios] de Rilke como uma segunda pele.”
João Barrento.